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Iniciativas sustentáveis de Mato Grosso são apresentadas em evento internacional

segunda-feira, 12 de março de 2018




O projeto Poço de Carbono Juruena, patrocinado pela Petrobras, por meio do Programa Petrobras Socioambiental e do Governo Federal, e o projeto Sentinelas da Floresta, que tem apoio do Fundo Amazônia, são alguns dos destaques do evento “Implementação do Diálogo na América Latina: jurisdição Mato Grosso, Pará e São Paulo”. Realizado na capital paulista nos dias 12 e 13 de março pela Tropical Forest Alliance 2020, o evento tem como objetivo facilitar a colaboração público-privada em cadeias de commodities livres de desmatamento.

Também é objetivo do seminário identificar experiências que já estão acontecendo para possíveis apoios. E é neste cenário que entram os projetos Poço de Carbono Juruena e Sentinelas da Floresta. Eles serão apresentados como iniciativas que ajudam Mato Grosso em suas metas de sustentabilidade.

Paulo Nunes, coordenador do projeto Poço de Carbono Juruena, que é executado pela Associação de Desenvolvimento de Juruena – Aderjur, explica que a experiência do extrativismo de Produtos Florestais Não-Madeireiros será o principal foco da apresentação do governo de Mato Grosso. “A parceria entre povos indígenas e agricultores na extração da castanha-do-Brasil e do babaçu é um bom exemplo para o mundo todo se inspirar”, aponta.

Para se ter uma ideia, na região Noroeste de Mato Grosso, estão envolvidas 22 aldeias dos povos Apiaká, Caiabi, Munduruku e Cinta-Larga e ao todo são 400 extrativistas indígenas ou não. Na última safra de castanha eles geraram uma renda de 900 mil reais. Outros 100 mil reais estão saindo pelo Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) da Conab para compra de farinha de mesocarpo de babaçu.

Essa experiência está indo tão bem que a expectativa é que gere uma renda de 2 milhões de reais a partir da fabricação de derivados da castanha-do-Brasil, como óleo, biscoitos, macarrão, barra de cereais, paçoca, farinha e outros produtos. Esses produtos, assim como o extrativismo, são considerados sustentáveis porque não necessitam de desmatamento. Muito pelo contrário, o extrativismo depende da floresta conservada para existir.

Além disso, a dinâmica do extrativismo incentiva a organização de associações e cooperativas, fortalecendo o vínculo social e incentiva a economia local.

Sobre a Tropical Forest Alliance
É uma iniciativa criada após a Rio+20 entre governos, iniciativa privada e entidades sem fins lucrativos com o compromisso de zerar o desmatamento até 2020 para as cadeias de suprimento de óleo de palma, soja, carne, polpa e papel.
As iniciativas de Mato Grosso serão apresentadas na manhã do primeiro dia do evento. Na terça, 13, o coordenador Paulo Nunes participará de uma rodada de negócios para possíveis apoios aos projetos em desenvolvimento na região Noroeste de Mato Grosso.

Projeto Poço de Carbono Juruena
Desenvolvido pela Associação de Desenvolvimento Rural de Juruena – Aderjur, com patrocínio da Petrobras, por meio do Programa Petrobras Socioambiental, o projeto apoia o extrativismo de castanha-do-Brasil em vários municípios do Noroeste de Mato Grosso. Também incentiva a diversificação de cultivos na recuperação de áreas por meio de sistemas agroflorestais em pequenas propriedades de Juruena. Dessa forma, os agricultores têm diversas opções de cultivos e uma renda garantida e melhor distribuída ao longo do ano. Além do benefício econômico, os sistemas agroflorestais “imitam” o comportamento da floresta, armazenando carbono e ajudando a mitigar os efeitos das mudanças climáticas.

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